De acordo com o professor Herval, esta recente pesquisa desenvolvida pelo SINJUSC procura identificar os sintomas e os estados de saúde do trabalhador do judiciário e não só os problemas e doenças. Segundo ele, ao identificar a sua situação de saúde os trabalhadores se apropriam de conhecimento e podem passar a agir conjuntamente na buscar soluções se antecipando, assim aos problemas.
O farmacêutico Ronald dos Santos destacou do ponto de vista farmacêutico a indiscriminada e cada vez maior banalização das questões de saúde. Segundo ele existe hoje uma disseminação de medicamentos desenvolvidos para problemas cada vez mais específicos. “Hoje os medicamentos mais consumidos são os ansiolíticos e antidepressivos”.
Ronald destacou ainda a necessidade de discussão e ampliação do Sistema Único de Saúde que precisa ser fortalecido, pois faz parte de todas as etapas da nossa vida. Segundo ele a saúde precisa deixar de ser vista de forma mercantilista. “Se discutimos apenas o plano de saúde, que é uma reivindicação justa, o debate reduzirá a saúde a um produto, uma mercadoria”. Disse.
O Presidente da Fenafar falou ainda sobre a campanha “Saúde Mais 10” que pretende coletar assinaturas num projeto de iniciativa popular a ser encaminhado ao Congresso Nacional visando a garantia de aplicação, pela União, de no mínimo 10% para o SUS. Hoje a assistência de saúde universal que serve os 200 milhões de trabalhadores recebe apenas 3,7% de toda a arrecadação, enquanto que o pagamento de dívidas e amortizações recebe 44%.
Na sequencia do Encontro os trabalhadores, divididos em grupos vão discutir as especificidades de cada cargo e função. O ponto de partido dessa discussão é a recente proposta de Resolução do CNJ que regulamenta a “seleção, distribuição e movimentação da força de trabalho nos órgãos da justiça estadual”.